Ildo Wazlawick foi atingido com três tiros no rosto após briga no trânsito.
'Desde aquele dia, a dor é a coisa mais constante na minha vida", diz Ildo.
Mato Grosso do Sul: O eletricista Ildo Wazlawick, 40 anos, convive há cinco meses com uma bala alojada no rosto. No dia 26 de agosto de 2011, ele foi atingido com três disparos, após discussão ocorrida no trânsito, no bairro Amambaí, em Campo Grande. O eletricista disse ao G1 que convive com dores constantes e optou por não fazer a cirurgia para retirar o projétil, tanto por orientação dos médicos, quanto por medo das consequências do procedimento.
“A dor não para nunca. Desde o dia do fato é uma coisa constante na minha vida”, conta. Wazlawick passou por exames que apontaram o risco que uma cirurgia para a retirar a bala causaria à saúde do eletricista. Ele chegou a viajar para o Paraná para se consultar com o cunhado, que é médico, mas a orientação foi a mesma dos profissionais em Campo Grande.
Além das dores, os movimentos que Wazlawick precisa fazer para realizar o trabalho de eletricista ficaram comprometidos. Ele diz que também passou a ter dificuldades para reconhecer a fisionomia de algumas pessoas.
“Eu não posso virar muito rápido para o lado porque sinto uma tontura forte, também não posso abaixar para arrumar as máquinas”, diz. Wazlawick é proprietário de uma oficina elétrica onde trabalha com conserto de máquinas de lavar e motores elétricos.
Para o médico neurologista, César Augusto Nicolatti, os traumas sofridos no crânio podem causar alterações neurológicas passageiras ou definitivas, dependendo da força do impacto. “Essas lesões frontais alteram a cognição visual e isso pode explicar essa dificuldade de reconhecer as pessoas”. No último exame de raios-x, feito em dezembro, o projétil continua na mesma posição.
Nicolatti, que teve acesso aos exames de raios-x de Wazlawick, a orientação mais adequada é não operar, já que isso poderia ser mais arriscado do que conviver com a dor. “A determinação é retirar o projétil apenas se ele começar a causar transtornos maiores para o paciente”, diz o neurologista.
Projétil ficou alojado no osso frontal do mecânico, conforme exame em agosto de 2011 Fonte: TV Morena Postado Por: Maciel Ribeiro |
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